sábado, 26 de setembro de 2009

AFINAL DE CONTAS, O QUE É ESSE RPG ??????


O RPG, ou Roleplaying Game, deve ser traduzido ao pé da letra como "jogo de representação". O jogo surgiu em meados da década de 70 nos Estados Unidos e consiste basicamente em se contar boas histórias com um grupo de Jogadores (que varia, em média, de 3 a 7 participantes) mais o Mestre.

O Mestre faz o papel de narrador da história e os outros jogadores, o dos protagonistas. Ele indica uma missão a cumprir, um segredo a desvendar, descreve os cenários e representa os personagens secundários. Em geral, tudo fica no plano da imaginação (a exceção é o Live Action, onde as pessoas se fantasiam como os personagens e os representam como num teatro interativo), as cenas e lutas são descritas, não vividas.

O Mestre expõe o ambiente e pergunta aos jogadores o que eles querem fazer. E estes dizem cada ato que será executado e, através do bom senso e das regras, chega-se à ação final.

Imagine a seguinte cena - duas crianças brincam na sala de um apartamento, com mãos vazias, sem "brigarem" realmente e com a imaginação solta:

- Eu matei você com a minha super arma ultrapoderosa laser !
- Não! Porque eu tenho um superpoderoso escudo anti - arma-laser! E você morreu, porque o meu escudo refletiu seu raio!
- Mentiroso, não existe escudo anti-laser !
- E nem laser, seu bobão!

Agora, imagine esta confusão com um bando de marmanjos ao redor de uma mesa numa sala de visitas qualquer. Pode imaginar a confusão?

A idéia de contar uma história interativa exige certo cuidado e preparo. Para evitar problemas como o descrito acima, no RPG existem regras. E o Mestre, além de fazer o papel de narrador da história, também é o juiz. Todos os jogadores possuem uma ficha com a descrição exata de seu personagem.

Em resolução ao problema acima: o jogador deve ter anotado em seu equipamento o que ele carrega consigo. Se no mundo de jogo existe a tal super arma e o super escudo, o jogador pode possuir um, se tiver comprado, emprestado ou roubado. Haveria um teste para ver se um consegue acertar o outro e se o ricochete acerta o primeiro. Mas o Mestre pode ignorar isso se quiser, ele dita as regras finais, se for para deixar a história interessante.

Em geral, as jogadas são definidas por dados (que variam de 6 até 20 faces), mas a palavra do Mestre é a palavra final. Ele é como um deus no universo de RPG: cria o mundo (a ambientação, descreve os locais para os personagens), dita as regras, pode providenciar milagres ( e salvar a vida de um personagem descuidado), etc. e tal.

Ele pode matar um personagem para deixar a história mais intrigante, ou esta pode ser construída em torno da busca por uma mágica poção de ressurreição, que pode dar dinheiro, fama e , é claro, ressuscitar o personagem que morreu na última sessão de jogo (-Ah, então foi por isso que você deixou meu personagem morrer?).

A graça do jogo consiste no fato de se poder representar personagens que não tenham a ver com a personalidade do jogador que o controla. É um desafio para um jogador, que pode enxergar muito bem e escolher representar um cego. Para isso que o sistema de regras existe, possibilitando afirmar como o personagem se comportaria sendo cego, qual a chance dele acertar um golpe só se baseando em seus outros sentidos, etc.

O jogo pode durar uma tarde. Um mês. Anos. Pode se contar uma saga heróica com os mesmos personagens em várias histórias diferentes, com missões diferentes, e os personagens vão se desenvolvendo, indo para missões ainda mais difíceis, alguns morrem no caminho e surgem outros (afinal, o personagem morre, mas o jogador não. Ele ainda vai querer jogar!). Tudo depende da vontade dos jogadores e do Mestre ( que pode variar também de história para outra).

Intriga, humor, aventuras, espionagem, horror, ficção científica. Todos os gêneros servem ao jogo, basta escolher um sistema com regras que possibilitem a execução do estilo da história, juntar os amigos ao redor duma mesa e começar a contar histórias!



RPG E AFINS

- Computadores
O RPG em jogos de computador não é exatamente RPG. Isso porque o princípio da história interativa é de que ela pode mudar, ir para caminhos não previstos anteriormente pelo Mestre. No computador, há uma série de possibilidades de a aventura se desenvolver, mas elas não são infinitas. O computador dita as regras, assim, você pode jogar sozinho, impossível de se fazer num RPG real.

- Histórias em Quadrinhos e literatura de ficção e medieval, horror.
Como bons admiradores de aventuras, são gêneros adorados pela maioria dos jogadores. (
Ver Tolkien)

- Baralhos (Card Games)
Jogos de baralho americanos que chegaram ao Brasil. São jogos de cartas colecionáveis, um nunca é igual ao outro, e esta é uma das partes interessantes. Cada jogador monta seu baralho trocando cartas e comprando pacotinhos como de figurinhas. São jogos de estratégia, ambientados em mundos de fantasia, altamente viciantes como um álbum de figurinhas ou uma emocionante partida de truco.

Como se trata da mesma ambientação da maioria dos RPGs (ambiente de magos, fantasia, vampiros, etc.), é amplamente admirado pelas pessoas que gostam do gênero. Com a seguinte vantagem: as regras são mais fáceis de aprender do que no RPG. Os Cards que foram traduzidos no Brasil: Spellfire (ABRIL JOVEM) e Magic The Gathering (DEVIR), mas existem muitos outros circulando como Star Wars, Jyihad, Rage, e nos EUA eles proliferam como praga. Depois de conhecer este jogo, é melhor esconder seu dinheiro. Pode ser tentado a gastar tudo em cartas.

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